Olha aí pessoal, podemos incluir nossas crianças em nosso território. Faça parte!
#1. Oportunidade para conhecer e reconhecer o território
Um dos objetivos é que os estudantes conheçam o lugar em que vivem. Como é o bairro, que pessoas moram ali, que formas de expressão cultural os moradores utilizam, que histórias são contadas (e que histórias não são). Conhecer o lugar em que vivem é fundamental para que os sujeitos se entendam e a suas próprias histórias, ajudando-os a construir sua identidade.
#2. Construção de sentido para a aprendizagem
Uma segunda razão para a utilização do território como espaço de aprendizagem é que esta estratégia ajuda os estudantes a construírem sentido para o aprender a partir de vivências e práticas culturais concretas: as relações que estabelecem, os saberes que já trazem para a escola, as crenças e valores com os quais se identificam.
#3. Vivência da Cidadania
Outro aspecto a se considerar diz respeito à educação para a cidadania. A realização da vida em sociedade acontece nessa dimensão de tempo e de espaço que chamamos território. É nele que as distinções culturais e sociais, dadas pela geografia e pela história, se estabelecem e se reproduzem.
Sair da escola e estar no território permite às crianças e jovens identificar suas características, vivenciar os conflitos que ali se estabelecem e propor soluções para enfrentá-los.
#4. Valorização da cultura e do conhecimento popular
A escola desempenha um papel fundamental no processo de construção e difusão do conhecimento. Quando, em sua proposta pedagógica, estabelece um diálogo com os saberes das famílias e comunidades, contribui para a efetivação de um currículo que valoriza a cultura e o conhecimento popular tanto quantos os conhecimentos acadêmicos historicamente sistematizados pela humanidade.
#5. Outros modos de aprender
A integração e utilização de outros espaços para a realização de atividades educativas mudam essas dinâmicas. Correr, fazer barulho, pular, sentar em círculo, sentar no chão também são dinâmicas por meio das quais se aprende. Sair do espaço escolar ajuda a construir a noção de que a aprendizagem se dá de múltiplas formas e em diferentes espaços.
#6. Direito ao espaço
Associado a todos esses aspectos está presente também o debate sobre o direito ao espaço público. Às populações pobres sempre foi negado o direito à cidade, e, as pessoas de diferentes classes sociais, dada a vulnerabilidade dos nossos territórios, cada vez mais se apartam e se afastam do espaço comum e se fecham em seus lócus privados. Quando a escola intencionalmente reverte essa lógica, e se propõe a ocupar o espaço público juntamente com as crianças e jovens, está lhes garantindo o direito que têm à cidade, reparando, ainda que de forma insuficiente, injustiças historicamente construídas.
#7. Transformação do Território
Paralelamente, a circulação das crianças e jovens pelos espaços gera demandas que precisam ser observadas tanto pelo poder público quanto pelos moradores e pelas próprias instituições de ensino: sinalização de trânsito, calçadas, retirada de entulhos.
Fonte: http://educacaointegral.org.br/metodologias/por-aprender-educar-territorio/
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